sábado, 2 de novembro de 2013

Motorista matou companheiro de sua ex-mulher




Motorista matou companheiro de sua ex-mulher
Responsável pela morte de Girlázaro Silva da Anunciação, companheiro de sua ex-mulher Marly da Mota Anunciação, o motorista carreteiro Francisco Sacramento Araújo, 30 anos, foi preso ao se apresentar, acompanhado de um advogado, no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), depois de intimado a depor. Com mandado de prisão temporária expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri, Francisco, investigado desde a época do crime, conviveu com Marly durante sete anos e não se conformava com o fim do  relacionamento.
Assassinado com três tiros, na noite de 23 de janeiro de 2012, oito meses depois de iniciar o relacionamento com Marly, Girlázaro não conhecia Francisco e estava chegando em casa, no Alto da Bela Vista, Bairro da Paz, onde morava com a mulher, quando foi emboscado e morto.
Desconfiada de que o ex-companheiro estava armado, Marly tentou avisar a Girlázaro para não se aproximar dele, mas não adiantou. Para evitar que Francisco atirasse na vítima, acabou entrando em luta corporal com ele e acabou alvejada no braço.
Depois do crime, Francisco colocou Marly no porta-malas do carro e fugiu para o povoado de Licuri, município de Ichu, distante 178 quilômetros de Salvador. No depoimento, ela disse à delegada Andréa Barbosa Ribeiro, da 1ª Delegacia de Homicídios (Atlântico), que, antes de chegar em Licuri, o ex-companheiro parou o veículo num matagal e tentou matá-la.
Armado com uma escopeta, trazida da casa da mãe, Francisco desistiu do intento com a promessa de que ela diria à polícia que o assassinato de Girlázaro foi cometido em legítima defesa.
Segundo a delegada, um dia antes do crime, quando foi buscar os filhos na casa da ex-sogra, Marly foi surpreendida pelo motorista num ponto de ônibus, arrastada pelos cabelos e obrigada a entrar num veículo. Levada para uma estrada deserta, agredida com várias coronhadas de revólver na cabeça e ameaçada de morte, aproveitou um momento de distração de Francisco e fugiu.
Durante os sete anos de convívio com ele, Marly foi vítima constante de violência doméstica, tendo, numa das agressões, a mão direita fraturada e parte do corpo queimada com um ferro de passar roupas. Depois das brigas, o motorista sempre matinha a ex-companheira em cárcere privado até as lesões desaparecerem.
Preso por porte ilegal de arma, em julho deste ano, Francisco – já recolhido ao sistema prisional – chegou a ficar custodiado durante 15 dias na cadeia pública. Na ocasião, informou que adquiriu a espingarda calibre 20, há quatro anos, por R$ 550 em mãos de um caminhoneiro, para se proteger nas estradas.

FONTE : SSP-BA /POLICIA CIVIL

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